É possível orar a alguém de dois modos:
1) Para que ele mesmo conceda o que se pede.
2) Para que consiga o que se pede de outro.
Pelo primeiro modo, só a Deus dirigimos a oração, porque todas as nossas orações devem ter por objeto conseguirem para nós a graça e a glória, e ambas só Deus pode conceder, como se lê no Salmo 83, 12: “Deus dará a graça e a glória”.
Porém, pelo segundo modo dirigimos as orações aos anjos e aos santos, não para que Deus as conheça mediante eles, mas para que devido aos seus pedidos e méritos, as nossas orações sejam eficazes. É por isso que se lê no livro do Apocalipse que “O perfume do incenso, isto é, da oração dos santos, subiu para Deus” (8, 4). Isto evidencia-se também pelo modo com que a Igreja ora. Pedimos à Santíssima Trindade que seja misericordiosa para conosco, mas aos santos pedimos que orem por nós.
Fonte: Suma Teológica, II-II, q. 83, a.4